Blog

15.07.2025
Artigo Profissional
Por: Dr. David Valverde |Médico especializado em medicina estética e mestre em tricologia e microtransplante capilar.
Estamos todos lembrados do momento mais marcante da cerimónia dos Óscares,
em Hollywood, nas últimas décadas: a bofetada que o ator Will Smith deu ao
anfitrião da cerimónia Chris Rock, em 2022. Tudo por causa de uma piada que o e
humorista fez em relação ao aspeto da mulher do ator, Jada Pinkett, que
apresentava um look calvo e que, como se soube posteriormente, sofre de
alopecia.
O que é a alopecia feminina e porque devemos falar mais sobre ela
Durante muito tempo, a queda de cabelo foi vista como um problema
predominantemente masculino. No entanto, a alopecia - nome técnico para a
perda anormal de cabelo - afeta milhões de mulheres em todo o mundo, de
diferentes idades e estilos de vida. É uma condição que pode surgir de forma
silenciosa, mas cujas consequências vão muito além da estética: afeta a
autoconfiança, a feminilidade e o bem-estar emocional.
Falar sobre alopecia feminina é, portanto, uma forma de quebrar tabus, oferecer
apoio e, acima de tudo, mostrar que existem soluções eficazes e acessíveis para
recuperar não só os fios perdidos, mas também a autoestima.
Causas mais comuns
A alopecia feminina pode ter diversas origens. Entre as causas mais frequentes
estão:
Alterações hormonais (como pós-parto, menopausa, síndrome dos ovários
policísticos);
Predisposição genética;
Stress prolongado ou traumas emocionais;
Doenças autoimunes, como a alopécia frontal fibrosante ou a alopecia areata
(associada fortemente a fatores emocionais);
Défice nutricional (ferro, vitaminas do complexo B, zinco e selénio);
Uso excessivo de químicos e calor nos cabelos.
Embora a ideia comum seja associar a queda de cabelo ao envelhecimento, a
verdade é que muitas mulheres jovens, ativas e saudáveis também enfrentam este
problema. Estudantes universitárias, mães recentes, profissionais em cargos de
alta responsabilidade… São muitos os rostos da alopecia e todos merecem
atenção de forma individualizada.
Impacto emocional e psicológico
O cabelo, para muitas mulheres, é a sua identidade. Perder cabelo, em especial
de forma visível, pode gerar sentimentos de vergonha, ansiedade e até depressão.
O reflexo no espelho deixa de ser familiar e é muito comum que as pessoas se
comecem a fechar sobre si, evitando eventos públicos e o olhar - muitas vezes
reprovador – dos outros.
Na Valverde Clinic testemunhamos diariamente histórias de mulheres que
chegaram até nós depois de meses ou anos em silêncio. O primeiro passo do
tratamento, muitas vezes, é saber ouvir: entender o que aquela perda significa
para cada paciente e garantir que a mesma percebe que não está sozinha.
A boa notícia é que a medicina capilar evoluiu muito nos últimos anos. Hoje, é
possível tratar e reverter diferentes tipos de alopecia com técnicas eficazes,
seguras e minimamente invasivas.
Na Valverde Clinic oferecemos uma abordagem integrada e personalizada para
cada paciente. Entre os tratamentos que realizamos, destacam-se:
•PRP (Plasma Rico em Plaquetas): Técnica que utiliza o próprio sangue da
paciente para estimular os folículos capilares. Seguro, natural e com
excelentes resultados.
•Microagulhamento Capilar: Um tratamento minimamente invasivo que
aumenta a irrigação sanguínea estimulando os folículos capilares.
Promove igualmente a produção de colagénio e elastina, fundamentais
para um crescimento capilar saudável.
•Mesoterapia capilar: Aplicação de substâncias diretamente no couro
cabeludo, promovendo nutrição intensa e reativação da circulação local.
•Tratamentos Anti-Queda: Personalizados para combater problemas
específicos e restaurar o equilíbrio capilar com acesso à vanguarda dos
últimos tratamentos farmacológicos.
Cada paciente passa por uma avaliação minuciosa com recurso a tecnologia
própria, associada a análises clínicas, genéticas, historial de saúde e estilo de
vida, para que possamos indicar o plano mais eficaz. Acreditamos que, deste
modo, o sucesso do tratamento está no acompanhamento próximo e
humanizado, com revisões regulares e ajustes conforme a resposta individual.
Recuperar a autoestima é possível
Sabemos que procurar ajuda nem sempre é fácil. Mas queremos reforçar que não
está sozinha e que há esperança. Na Valverde Clinic acompanhamos diariamente
mulheres que chegam cabisbaixas e, após algumas sessões, voltam a sorrir com
segurança e brilho no olhar.
"Pensava que nunca mais me sentiria bonita com o meu cabelo. Hoje, vejo novos
fios a crescer e sinto que recuperei uma parte de mim", lembra C.S., uma paciente
que chegou até mim profundamente desanimada.
Se está a viver com queda de cabelo, saiba que não é preciso aceitar essa
condição como definitiva. A medicina tem hoje ferramentas poderosas para
restaurar os fios e a autoestima. O mais importante é procurar ajuda especializada
o quanto antes. Na Valverde Clinic estamos ao seu lado em cada etapa desta
jornada: com conhecimento, empatia e resultados reais.

24.06.2025
Artigo Profissional
Virgínia Marques | Nutricionista especializada em Fertilidade e Gravidez Endometriose e Intestino: a relação que ninguém esperava O que é que o seu intestino tem a ver com a dor? A endometriose é uma doença ginecológica complexa caracterizada pela presença de tecido semelhante ao do endométrio, mas fora do útero. Essa condição pode desencadear dor intensa e impactar, significativamente, o bem-estar físico, mental, social, sexual e reprodutivo das mulheres. Estima-se que a endometriose afete cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo que, entre 30% a 50%, podem apresentar dificuldades para engravidar. Por ser uma patologia associada ao estrogénio e de natureza inflamatória, a sua progressão pode estar associada à saúde intestinal. Estudos recentes destacam a disbiose intestinal como um fator relevante no controlo da endometriose. Esta condição, refere-se ao desequilíbrio da microbiota intestinal, caracterizada pela proliferação de bactérias “más” e pela redução de bactérias “boas”. O conjunto de microrganismos que habitam o intestino, desempenham um papel importante no metabolismo de estrogénio. Para além disso, a presença de uma disbiose intestinal, pode levar a uma permeabilidade intestinal e com isso induzir inflamação. Quando estamos presentes a este quadro de desequilíbrio na metabolização e aumento de inflamação, cria-se um ambiente propício à progressão da endometriose. Manter a saúde intestinal deve ser uma prioridade, especialmente para mulheres com endometriose. Nesse contexto, a nutrição desempenha um papel fundamental. Intervenções nutricionais que promovam um equilíbrio na microbiota intestinal podem reduzir a inflamação característica da patologia e otimizar a metabolização do estrogénio. Para otimizar a saúde intestinal, é recomendável adotar uma alimentação com características anti-inflamatórias, incluindo: · Redução do consumo de: alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas e enchidos, açúcares, farinhas refinadas e álcool. · Priorizando o consumo de: o Alimentos ricos em polifenóis, como frutos vermelhos, maçã, cebola, uvas, laranja, gengibre e curcuma. o Alimentos ricos em fibras, abundantemente presente nos vegetais e frutas. o Fontes de omega-3, como peixes, sementes e frutos oleaginosos. o Quantidade adequada de água para hidratação e regulação intestinal. o Hábitos saudáveis, incluindo a manutenção da atividade física regular. O consumo de probióticos e prebióticos também pode contribuir para a restauração do equilíbrio da microbiota e para a redução da permeabilidade intestinal. No entanto, a suplementação deve ser avaliada por um profissional de saúde. A adoção de estratégias nutricionais voltadas para a melhora da microbiota intestinal pode representar uma ferramenta valiosa no tratamento da endometriose, auxiliando na redução da inflamação e na melhora da qualidade de vida das pacientes.

17.06.2025
Artigo Prifissional
Conceição Calhau | Nutricionista, investigadora e Professora Catedrática da Nova Medical School SUPLEMENTAÇÃO AO LONGO DA VIDA A longevidade é o desafio do século. Já não se fala em envelhecimento ativo/envelhecimento saudável, mas cada vez mais, e bem, em longevidade. O envelhecimento não é uma doença e também não devemos pensar na saúde apenas e só em idades mais maduras. Na mulher, sobretudo, isso é muito preocupante. Quase que só se fala em menopausa como se estivéssemos a falar de validade. E da validade à embalagem, um instante. A saúde é para cuidar sempre e não apenas aos 65 anos (idade de preconceito de ‘idoso’ que, aliás, foi definida no século passado – hoje, aos 65 anos, temos ainda muita vida para viver e por isso, não temos nada de ‘velho’). A saúde no feminino é de uma exigência maior porque as mulheres têm razões biológicas (funções reprodutoras exigentes quer durante a gravidez, amamentação, ou mesmo na menopausa e razões de pressão social (de que devem estar bonitas, devem ser líderes, devem ser mães, devem ser magras, devem ser mulheres, devem ser etc.) que lhes causam bastante ansiedade. Apesar disto, o mais importante será capacitar a mulher de competências na área da saúde e do autocuidado ao longo de toda a vida. A nossa saúde está dependente de muitas variáveis: genéticas e ambientais/modificáveis, mas atenção que devem ser cuidadas desde sempre. A alimentação faz parte dessas variáveis modificáveis e sabemos que precisamos de nos alimentar para obter compostos que o nosso organismo não produz e por isso, precisamos de obtê-los a partir de uma dieta. No que diz respeito à alimentação, hoje não se desenha uma dieta apenas tendo por base o género homem/mulher, idade e estatura de uma pessoa. A dieta deve ser, também, personalizada conforme o estilo de vida e características genéticas de cada um. Nos alimentos temos os macro (hidratos de carbono, gordura e proteínas) e os micronutrientes (minerais e vitaminas) assim como, uma dimensão imensa de compostos bioativos não definidos como nutrientes, por exemplo, os fitoquímicos que têm efeitos relevantes na nossa saúde. A verdade é que obter tudo da ingestão diária, ou seja, dos alimentos, é cada vez mais um desafio por vários motivos: 1) Não nos alimentamos tão bem como o necessário (hábitos alimentares inadequados, sendo das principais causas de falta de saúde em Portugal); 2) As necessidades de hoje, face às rotinas/estilos de vida do passado, são muito diferentes. Na prática, precisamos de menos energia, porque executamos tarefas de menor exigência energética expressiva, o que resulta de um maior sedentarismo. Ora, se precisamos de menos energia, o desafio será escolher alimentos com menos valor energético, mas nutricionalmente mais ricos. Somam-se, ainda, rotinas mais exigentes que resultam numa maior inflamação e stress; 3) Os alimentos em natureza - as matérias-primas - estão diferentes devido a diferentes contextos de clima, de produção primária (quer animal quer vegetal), de utilização de agroquímicos diferentes, ou até, do tempo de vida dos alimentos ‘frescos’ que já não são colhidos e ingeridos. Ou seja, a composição química dos alimentos, hoje, pode ser muito diferente da composição química de há umas décadas; 4) Grande parte da população já apresenta resistência à insulina, hipertensão, e apresentam necessidades e prioridades nutricionais diferentes. Manifestam-se fenómenos de processo digestivo comprometido, tais como, intolerâncias, ou seja, queixas gastrointestinais que alertam que a absorção de vitaminas e minerais pode estar diminuída. Na verdade, os contextos individuais clínicos devem delinear a trajetória da nossa saúde e, até, dou o exemplo da importância de monitorizar os níveis de vitamina D para ajustar a suplementação e avaliar a sensibilidade à insulina (índice HOMA-IR) de modo a antecipar a Diabetes. É muito importante, sempre que necessário, corrigir alimentação, o sono e a prática de exercício físico assim como, saber gerir stress e tomar suplementos, quando clinicamente fizer sentido. No entanto, a máxima de ‘se um suplemento faz bem, três ou mais, fazem melhor” não faz sentido. A saúde do sistema imunitário é, cada vez mais, um foco da atenção clínica, devido à inflamação crónica em que vivemos à qual precisamos de reagir porque se trata de uma agressão que quando não tratada atempadamente, pode resultar em risco de obesidade, cancro, Diabetes, doenças neurodegenerativas, depressão, entre muitas outras. Para um bom funcionamento do sistema imunitário, além da saúde intestinal, temos de ter níveis adequados de vitamina D e de vitamina C. Com a maior privação de hidratos de carbono, com menor ingestão de cereais, podemos ter deficiências vitamínicas, por exemplo ao nível do complexo B – nestes casos a suplementação pode ser uma solução mais imediata e eficaz.

11.06.2025
Artigo Profissional
Marisa Branco | Fisioterapeuta Pélvica Quando falamos de saúde feminina, é importante abordar a saúde pélvica. A saúde pélvica tem um impacto significativo na qualidade de vida, na autoestima, nos relacionamentos e na saúde mental de todas as mulheres. No entanto, é pouco falada e conhecida, até mesmo por profissionais de saúde, e acaba por ser negligenciada, desvalorizada e remediada. O pavimento pélvico, constituído por músculos, nervos, ligamentos e fáscia, é o protagonista no que toca a este tema. Tem como função o suporte dos órgãos pélvicos (bexiga, útero e reto), a continência urinária e fecal e assume um papel importante na função sexual. Existem fases da vida mulher em que o risco de disfunção do pavimento pélvico é maior, como na gravidez, no pós-parto e na menopausa, no entanto uma disfunção pode surgir em qualquer fase da vida da mulher, desde a infância. A disfunção do pavimento pélvico reflete-se em sintomas como a incontinência urinária e/ou fecal, prolapso dos órgãos pélvicos (descida do útero, bexiga ou reto), dor sexual ou até mesmo impossibilidade de penetração e dor pélvica. Preocupada e apaixonada por este tema, dedico a minha prática clínica desde 2019 à saúde da mulher, tendo para isso criado o espaço: “O Melhor de mim” em Santa Maria da Feira. Nas minhas consultas surgem, frequentemente, mulheres que, por causa das perdas de urina, levam sempre na carteira uma muda de roupa, ou evitam ir a concertos, ou festivais por ser difícil chegar à casa de banho. Ou então mulheres com dor sexual, que se sentem emocionalmente abaladas, com uma autoestima destruída e com problemas nas relações amorosas. Já para não falar em casos de mulheres que, após o parto, deixam de controlar e reconhecer o próprio corpo. São problemas mais comuns do que podem imaginar, vividos em silêncio por muitas mulheres que já procuraram ajuda e não encontraram solução, por outras que ainda não tiveram a coragem de procurar ajuda e pelas que nem sequer sabem que existe solução. Por isso deixo a seguinte mensagem: Se sofres com alguma disfunção pélvica ou queres prevenir o seu surgimento, a solução não é usares um penso higiénico diariamente, não é beberes um copo de vinho para relaxar antes da relação sexual e muito menos, viveres a vida toda assim, mas sim recorreres à fisioterapia pélvica. Espero que um dia venha a ser tão normal ir à fisioterapia tratar uma incontinência urinária ou dor sexual, como é normal numa situação de dor lombar. VER VÍDEO - Três exercícios para combater e prevenir a disfunção do pavimento pélvico. VER VÍDEO - Sabe mais sobre a prevalência de DOR SEXUAL nas mulheres.

03.06.2025
testemunho pessoal
Beatriz | 47 anos “Não sou fada do lar. Não cozinho, não limpo, não passo a ferro… e estou bem assim.” “Não tenho qualquer problema em admitir que as tarefas da casa não são para mim. Houve uma altura, no meu primeiro emprego e início da fase adulta, que posso ter tido alguma vergonha sobre o tema porque as minhas colegas me viam como mimada, por dizer que não fazia as tarefas domésticas”, Beatriz, 47 anos. Quisemos saber qual tem sido a reação das pessoas mais próximas em relação a esta forma de estar na vida: “neste momento, já nem reparo se olham de lado para mim ou não. Se o fazem, não dou mesmo por isso, porque estou super tranquila sobre este assunto. Sei que as pessoas, normalmente, se riem, não sei se por graça, desdém ou compaixão, mas também, quando falo do tema menciono-o sempre de uma forma divertida e termino sempre com “cada um é para o que nasce.” Ficámos curiosas sobre a dinâmica em casa da Beatriz e ela explicou-nos que para a limpeza da casa e o passar a roupa a ferro tem sempre ajuda externa de uma senhora. No que diz respeito à cozinha, admite que teve muita sorte: “ter um marido que é o meu oposto nestas questões: muito arrumado e organizado e o melhor de tudo, adora cozinhar, por isso, as refeições ficam 99% das vezes por conta dele. Se não fosse assim, também sei que eu teria de fazer diferente. Quando nos casámos ele disse-me que cozinhar, para ele, era terapia, ao que respondi “perfeito, para mim comer também é uma terapia”. Às quintas-feiras o meu marido raramente janta em casa e, nesses dias, a minha filha já sabe que é dia de encomendar comida. No que respeita a colocar a roupa a lavar, estender e apanhar vamos fazendo os dois, mas sem regras estabelecidas.” A Beatriz é mãe de uma menina e tentámos perceber que tipo de educação e mensagem é que gostava de passar à filha: “a mesma mensagem que estaria a passar se fosse mãe de um rapaz. Ainda bem que o meu trabalho me permite ganhar o suficiente para não fazer o que não aprecio. E se assim não for, que numa casa todos têm igual responsabilidade de ajudar.” E se o trabalho não permitisse ter esta ajuda e se, por algum motivo, tivesse mesmo que ser uma “fada do lar” como seria a vida da Beatriz? “Teria de o fazer. Quando era miúda na casa dos meus pais, não havia “mulher a dias” então à sexta-feira à tarde e sábado de manhã era dia de limpezas para mim e para a minha irmã. Era um dia chato e irritante, mas tinha de ser feito. Em minha casa seria igual. Eu só sou assim porque tenho possibilidade de ser assim. Sem qualquer inspiração. Se o meu marido não gostasse de cozinhar, tinha de dividir essa responsabilidade com ele.” O que é que gostavas de dizer a todas as mulheres que estejam a ler este artigo: “É importante termos consciência que as tarefas da casa não são só responsabilidade das mulheres e educar os filhos com esse princípio, também é fundamental, para que, no futuro, seja mais fácil este tipo de decisões poderem acontecer. Na casa dos meus pais, as tarefas da casa eram exclusivas da minha mãe e a partir de uma certa idade nós passámos a ajudar, mas porque os meus pais assim o tinham estipulado. O meu pai saía todos os dias para trabalhar fora e a minha mãe ficava em casa era “dona de casa”, com a responsabilidade da casa e das filhas. No entanto, nunca passaram a ideia que nós (eu ou a minha irmã) casando teríamos de assumir a mesma responsabilidade, porque assumiram, desde logo, que também nós sairíamos de manhã para trabalhar. Neste momento, também a minha mãe já tem ajuda em casa e o meu pai está tranquilo com isso.”

28.05.2025
TESTEMUNHO PROFISSIONAL
Dia 28 de maio assinala-se o Dia Internacional pela Saúde da Mulher e por esse motivo, quisemos ouvir conselhos de quem lida com mulheres diariamente nas mais diversas áreas da saúde. O que é que ainda há para descobrir sobre a saúde feminina? Que tabus persistem? Que avanços foram feitos? O que é que uma mulher pode fazer para viver melhor? Que caminho escolher quando o objetivo é mantermo-nos saudáveis e felizes? Bárbara Plácido | Nutricionista. “A primeira realidade que devemos ter em conta na nossa vida é o nosso autocuidado. A nutrição não deve ser vista como algo negativo, associado a dietas restritivas e apenas importante para seguir um padrão exterior, mas sim como uma forma de nos cuidarmos e de nos valorizarmos. Necessitamos de utilizar a nutrição como uma fonte de energia natural para vivermos melhor, respeitando sempre os sinais que o nosso corpo nos dá. O estabelecimento de metas realistas, as mudanças sustentáveis e a celebração das nossas conquistas são meio caminho para alcançarmos o sucesso, no que toca ao respeito e admiração pelo nosso corpo e mente. Não esquecendo que cada uma de nós conta a sua própria história!” Marisa Branco | Fisioterapeuta pélvica “Neste dia tão importante para todas nós, mulheres, deixo a seguinte mensagem: Se sofres com alguma disfunção pélvica ou queres prevenir o seu surgimento, a solução não é usares um penso higiénico diariamente, não é beberes um copo de vinho para relaxar antes da relação sexual e, muito menos, viveres a vida toda assim, mas sim recorreres à fisioterapia pélvica. Espero que um dia venha a ser tão normal ir à fisioterapia tratar uma incontinência urinária ou dor sexual, como é normal numa situação de dor lombar.” Sofia Carvalho Pinto | Médica especialista em Medicina Preventiva na Clínica Pilares da Saúde “A ciência, cada vez mais, tem conseguido provar as alterações que o stress causa na nossa saúde, ele impacta diretamente o nosso ritmo de envelhecimento e pode levar ao aparecimento de doenças, bem como ao agravamento de outras que já existam, por exemplo doenças autoimunes. A partir dos 40 anos inicia-se o processo de perda das hormonas, o que pode levar a sintomas novos e mudanças quer físicas, quer a nível psicológico e de humor. Para evitar a perda de qualidade de vida, é importante manter um acompanhamento médico regular, com vista, em primeiro lugar, à prevenção destas doenças.” Andreia Filipe Vieira | Psicóloga Clínica “Um conselho para as mulheres portuguesas: Permitam-se sentir. Validem o vosso cansaço. Cuidar de si mesmas não é egoísmo é, antes de mais, um ato de amor-próprio e um passo essencial para cuidarem dos outros com autenticidade e presença. Procurem escutar-se mais e julgar-se menos. E, se for necessário, não hesitem em procurar apoio psicológico. Não têm de carregar tudo sozinhas. Definam prioridades e sigam aquilo que realmente querem e não o que a sociedade espera de vocês. Crítica por crítica, no fim, é preferível que se sintam bem com as escolhas que foram feitas por vocês, e não pelos outros.”

22.05.2025
Testemunhos Pessoais
Eu sempre soube que o meu irmão era o preferido... Dois testemunhos, duas perspetivas diferentes sobre um mesmo assunto. Será que são as únicas pessoas que sentem que os pais têm um filho preferido? Ou será que é uma realidade para muitas pessoas que têm medo de o admitir publicamente? A Maria (nome fictício) tem 20 anos de diferença do irmão e tem plena consciência que não é a preferida dos pais. A Maria tem, agora, 37 anos e o irmão 57. Desde que se lembra, o irmão sempre foi o preferido pela forma como os pais o tratavam e pela preocupação excessiva que existia com ele. Já confrontou os pais e o irmão, várias vezes, sobre o assunto: “sim, sempre brinquei, tanto com os meus pais como com o meu irmão. Nunca me foi dito que era verdade, mas através de sorrisos e beijinhos, também nunca ninguém me negou”. Ainda que, para a Maria, este comportamento da família seja evidente, garante que não a afeta: “digo sempre que é só por ser rapaz e eu ser menina”. Quando a questionámos sobre em que momentos se sentia “menos especial” que o irmão, a Maria deu-nos exemplos muito simples e que aconteciam e, ainda acontecem, com bastante frequência na casa dos pais. “O ter de esperar por ele para comer, pois chega sempre atrasado. Ou até, na escolha da comida, do prato e dos talheres que ele gosta.” Quisemos saber se, de alguma forma, esta diferença que sentia dentro de casa a moldou enquanto pessoa e a Maria afirmou: “não sei bem de que maneira me possa ter moldado, como sempre levei “na boa”, nunca dei importância a não ser, quando estamos em família, que é sempre mais um motivo de brincadeira, confusão e de discórdia entre todos”. Aproveitámos o momento para dar liberdade à Maria de dizer o que nunca disse aos pais. Uma mensagem que gostasse de passar a todas as famílias em que esta seja uma realidade:“os pais deviam admitir que é normal gostar mais de uns do que de outros, o ter consciência pode ajudar a melhorar a relação entre todos”. Tivemos, também, a oportunidade de conversar com a Iara (nome fictício) que tem sete anos de diferença do seu irmão. A Iara tem 21 anos e o irmão 14. Começou por nos contar que quando o irmão nasceu pensou que se tratassem, apenas, de ciúmes, no entanto, com o passar dos anos percebeu: “os meus pais tinham e têm uma preferência pelo meu irmão”. Admitiu que já falou, algumas vezes, com o irmão que desvaloriza o assunto: “diz-me que vejo coisas onde não existem. Já os meus pais, negam a pés juntos que exista um favorito”. Quando questionámos se esta é uma situação que a tem afetado, a Iara respondeu, prontamente, que sim: “sempre afetou, no entanto, desde que saí de casa para viver sozinha e que os meus pais passam muito mais tempo com ele, tem sido diferente. Sinto que demonstram uma maior preocupação em relação a mim”. Pedimos que nos esclarecesse em que momentos específicos sente uma verdadeira diferença entre ela e o irmão e a resposta que nos deu foi: “o meu irmão sempre foi o filho perfeito, com notas excelentes e bem-sucedido no desporto. Eu não. Sempre fui uma aluna mediana e fazia desporto porque tinha de ser. Os meus pais falam bastante nele a toda a gente como sendo o menino dos olhos deles”. Outro exemplo que nos deu, foi a forma como os pais se dirigiam a ela sempre que estavam incontactáveis durante algum tempo: “se ficarmos horas sem atender o telefone, a primeira pergunta que fazem é: e ele como é que está? Ele está bem?”. Iara foi aprendendo a viver e a gerir esta diferença que sempre sentiu dentro de casa: “como a relação com o meu irmão sempre foi muito próxima e boa, eram mais os momentos em que me esquecia deste sentimento do que os que valorizava, mas não escondo que, em alguns momentos enervava-me e chegava a pôr-me em causa: será que não faço nada bem?”. Mesmo perante esta adversidade, Iara garante que conseguiu tornar-se uma pessoa confiante. “Os pais que têm mais ligação com um filho do que com o outro, tentem não o demonstrar porque podem afetar mesmo a vida e o crescimento dos vossos filhos” – esta é a mensagem que a Iara gostava que chegasse aos pais que têm consciência de que não amam os filhos de igual forma.

21.04.2025
Professional Article
By: Fernando Mesquita | Clinical Psychologist/Sexologist Is it possible to recover the flame of desire? Sexual desire, also known as libido, is a natural component of human sexuality. It is what fuels our desire to touch, look, kiss… to seek pleasure! It can be triggered in response to external stimuli, such as a provocative gesture, whispered words, an unexpected touch, an exchange of glances or the viewing of erotic or pornographic content. But it can also arise from within: from a memory, a forbidden fantasy, or simply from the desire to please the person you love. But as natural as desire can be… it can also fade. And when this happens, doubts, guilt and insecurities often arise. But it is important to remember: desire is sensitive to what surrounds us and what is happening inside us. In fact, desire acts as a thermometer of our physical, psychological and relational well-being. And, contrary to what we often hear, hormones are not the only protagonists in this story! It is true that hormones play a relevant role, but some chronic diseases (such as cancer, diabetes, cardiovascular and gynecological diseases), the use of certain medications (antidepressants, neuroleptics, sedatives, antihypertensives and chemotherapy), high levels of stress and anxiety, depressive states, traumatic sexual experiences, low self-esteem, poor body image, erroneous beliefs and lack of information about sexuality, negative parental messages about sex, as well as the quality of the romantic relationship itself, are not just secondary actors! Furthermore, it is expected that a couple will experience variations in sexual desire. While at the beginning of a relationship, it is normal for couples to exude desire and feel an overwhelming desire to make love at any opportunity, as the years go by, routine tends to take over: everyday issues always seem to take priority… and sex loses its place on the agenda. However, this decrease in sexual desire is not always synonymous with a lack of passion or love! Hypoactive Sexual Desire, also known as Lack of Libido, is one of the most common female sexual dysfunctions. It is characterized by the persistent and recurrent absence or decrease of sexual desire, as well as the lack of sexual thoughts or fantasies, significantly affecting the quality of life of the individual and, in the case of a couple, the marital relationship. And, although it can occur at any age, this difficulty becomes especially frequent during menopause, affecting around 20 to 40% of women. This happens because with the arrival of menopause and climacteric, there is a decrease in the production of hormones associated with sexuality: progesterone, testosterone and estrogen. These changes can affect vaginal lubrication, making the mucosa drier, more sensitive and prone to discomfort during penetration, especially if suitable lubricants or intimate moisturizers are not used. But this doesn’t mean that sex has to disappear. It just means that the body is asking for new, more prolonged and creative forms of stimulation. This can be an opportunity for couples to rediscover themselves, to deepen intimacy and reinvent the way they are together. Yes, it is possible to rekindle the flame of desire. Sex life can gain new life when couples allow themselves to experiment, fantasize, laugh, fail and try again. Varying the routine, exploring sex toys, creating moments of seduction, accepting sexual fantasies, sharing them, understanding them and integrating them into your intimate life can be a powerful aphrodisiac. After all, desire also feeds on imagination.

04.04.2025
PERSONAL TESTIMONY
By: Cristiana, 39 years old I was born in Porto, the most beautiful city in the world, and I have been an emigrant in Germany for 7 years. At 36 years old, I became the mother of a boy who is my greatest blessing, Rodrigo. Motherhood has always been one of my goals, I always dreamed of being a mother. A dream that is often postponed because I wanted to have the necessary conditions to experience motherhood to the fullest, with all the pros and cons that come with it. I wanted to be a present mother. I didn't want to have a child who spent more time with his grandparents than with his parents. I believe that grandparents are essential in children's lives, but I wanted to be able to give my son what I consider most valuable: quality time, example and values. In the hustle and bustle of our lives, we ended up in Germany and it was here that my son was born. I am a very positive person, I always see the glass as half full, and although emigration is not an easy process, it was without a doubt the period of greatest learning in my life and it was because of this adventure that life allowed me to fulfill my dreams: getting married and being a mother. Today I can be a present mother, who accompanies and cares. Our only support network is the nursery, because we are far from our family, which allowed us to be parents without many “guesses” from others. We educate in the way we think is most correct, in every sense. And speaking of guesses and/or judgments, at the moment, I find myself in a situation that is the subject of a lot of “ guesswork ”. My son is three and a half years old and I am still breastfeeding. Which, for me, is wonderful. I once heard a Portuguese influencer (a very influential one, by the way) who was of the opinion that it made no sense to breastfeed a child who already had teeth. I also heard a doctor, with that judgmental tone, say that he would be 6 years old and would still be breastfeeding. These are comments and opinions that don't affect me, because I'm very sure about what I want and my ideas, but what about those people who aren't? Those people who let themselves be influenced? What happens to them? Probably, even though they want to continue breastfeeding, they cut off that bond based on what others think and what society thinks they should be. I can only feel sorry for them. For me, being a Mother is the role that makes me feel most complete as a Woman and being able to be food, supplement and now comfort for my son makes me even more fulfilled. Here is the answer I gave to the aforementioned doctor so that you can reflect: 'As long as it is comfortable for me and him, who are the people involved, I will continue to breastfeed.' May society stop using stereotypes and become informed. I believe that, Even after 2 years, breast milk continues to have many benefits for the baby. Be happy in your own way.

01.04.2025
PERSONAL TESTIMONY
By: Rafaela Granado | TV Presenter / Reporter “I am the mother of only one daughter, so what?” I have always tried to be respectful and know the limits when speaking or asking women questions about choices and motherhood. Especially when, often, the issue may not even be a choice and may simply be an impossibility of life for the most diverse and, possibly, even painful reasons. I have a daughter, Maria Pia, who is beautiful, healthy, witty, polite and loving to everyone. She is 9 years old. The phrases I hear most (guess what!) for exactly 9 years, coming literally out of nowhere, are: “So? When are you going to have your second child?” “But don’t you want to have another child?” “Doesn’t Pia ask for siblings?” “Maria needs a little brother” “Oh, what a shame, not having siblings…” “You are such good parents, you could have more children.” – among many others. For a long time, I related all this to the fact that people are always DEMANDING. Demanding is part of human nature. If you’re not dating, where’s your boyfriend? If you are dating, when’s the engagement? If you’ve been engaged for a few months, oh why do you have to schedule the wedding! If you’ve been married for a year, aren’t you going to have babies?! If you have your first child, when’s the second?! And so on… Always, always the demand. And what shocks and saddens me the most is that it comes mostly from women to women. The feeling I have is that, for some women, there’s a certain pleasure in demanding something from another woman. I don’t know why, because in my nature, I don’t have that. But lately, and because the topic is recurrent, I’ve really been thinking a lot about the subject. It’s because it’s not just when the second child will come, it’s the whole “only child” concept that makes me uncomfortable, which is why I’ve been reading about it for a long time. Why would a woman who has more children, numerically speaking, feel superior to another woman in some way? Could it be a way, who knows?, of making up for an inferiority they feel in other areas of their lives and trying to use an invisible medal against the world, like “I have more children, I am better, I deserve a prize, I am more”, because deep down they feel inadequate, in general terms in their lives? Could it be that, because the image they have of themselves is not enough, they try to use this number of children as something that makes them superior to others? Nothing is ever enough. Nothing is enough. And the cycle continues. Another question I have been asked: “Aren’t you going to give her a little brother to play with?” But what are we talking about? A toy? A little Nenuco for the child to pick up and play with?! Do people have children to give a person, another human being as a “gift” to their first child and so on? I don’t see it that way, I’m sorry. I understand the value of having siblings, just as I see many other siblings in terrible and even toxic relationships. And no, my only daughter (I love the way many people use the expression “only child” in a derogatory way, imagine that!, when several experts have even come out to condemn the existence of such a concept), has never asked me for siblings, quite the opposite. Which is also completely irrelevant, because a child is not the one who decides anything in this house. Corroborating several empirical and psychological studies that I have read, I can even say that I know several children without siblings who are the opposite of what we commonly consider spoiled or narcissistic people, socially affected or overprotected - characteristics frivolously attributed to boys or girls without siblings. I could even name at least five friends of mine without siblings who are highly generous, capable, altruistic, sociable, excellent company, much more so than people raised with two or three siblings at home. Having or not having siblings does not influence the individual, but rather the upbringing, connection and emotional bonds created during life, with all the people with whom we relate. Furthermore, the various comparisons between siblings can even generate lifelong trauma for many who consistently live in problematic relationships with their parents precisely because of differences in personality and/or even different treatment between siblings. And that classic situation where a woman introduces another woman like this: “This is my friend Sara, she has three children, you see!, and two of them are twins!” What do you mean?! Is this what defines Sara? If she is a mother and has twins? I am not interested in that information at first. Of course I want to get to know Sara, I love meeting people, getting to know all their facets, and that will certainly be interesting. But never, ever, will that be what defines her. For a long time, women’s sole mission was to procreate and maintain the home according to the laws of man; up until the beginning of the 20th century, a woman who could not have children could be ostracized and even rejected by the patriarchy. This was just another way, in essence, that the sexist society in which we learned to live and survive controlled women’s will, power of choice and free will. Having just one child, then, my God!, would mean that the woman was fertile but did not want to have any more children – how audacious, how selfish, how absurd! When we often know that the fact that a woman has one child does not mean that she cannot have difficulties or infertility later on. As a practicing Catholic, I would like to cite some words from our beloved Pope Francis – “Women are not second-class human beings.” “This is a society with a strong masculine attitude. Women are missing. ‘Yes, yes: women are there to wash the dishes, to do…’ No, no: women are there to bring harmony. Women have a lot to say to us in today’s society. Sometimes we are too sexist, and we don’t leave space for women.” From this I conclude that women deserve the same respect, my rights and duties, the same power of choice and analysis of their lives and those around them. Let us all be less sexist, and let us rid ourselves of the prejudices that have been instilled in us since we were little. Let us forgive ourselves for our own weaknesses and let us not always be in comparison mode. I don't want to offend family members, friends or people close to me who are so dear to me that I know they don't do this kind of "demanding" with malice. I know others do it precisely with malice. I can tell the difference. But I just ask that you think about this. Constant demanding is not FUN. And going back to one of the initial ideas, no one knows except me, in my deepest being, the reason for my choices or my reality. Respect it. Having more or fewer children does not validate us more or less as people, women, mothers or even wives. Don't be fooled. My greatest medal will always be the quality of the unique, loving, present and indestructible relationship that I build every day with my daughter. Yes, my only and delightful daughter. Who I chose to be the only one. For now. And, in the future, we will soon see what happens. Then, too, we will be ready to welcome, educate, love and accompany. But never to count, compete or, much less, just be a number. Finally, I say this with love: be happy and empathetic! The world will always be a better place.

24.03.2025
Professional Article
By: Dr. Catarina Lucas | Psychologist/Sexologist and Director of the Catarina Lucas Center Sex during Menopause: (re)discovering pleasure Menopause is a natural phase in a woman's life, marked by hormonal changes that impact several aspects of her well-being, including sexuality. However, this phase is not synonymous with a loss of pleasure or the end of sexual life. On the contrary, it can be an opportunity to rediscover your body, explore new forms of intimacy and strengthen emotional and sexual bonds with your partner. How is sexuality affected? During menopause, estrogen and progesterone levels decrease, which can lead to physical and emotional changes that affect sex life, such as: - Vaginal dryness : the reduction of some hormones can make the vaginal mucosa thinner and less lubricated, making sex uncomfortable or painful. - Decreased libido : hormonal changes can reduce sexual desire. - Changes in sexual response : some women may notice less sensitivity or difficulty reaching orgasm. - Emotional factors : anxiety and mood swings can also influence the willingness to have sex. Tips for a fulfilling sex life during menopause When changes occur in your sex life, it is important to understand that there are different ways to deal with them and maintain pleasurable intimacy. - Invest in lubrication: using water-based lubricants or vaginal moisturizers can alleviate discomfort during sexual intercourse and make the experience more pleasurable. - Hormone therapy: for some women, hormone replacement therapy, prescribed by a doctor, may be an alternative to alleviate the symptoms of menopause, including the impact on sexuality. - Explore new forms of intimacy: sex is not just about penetration. Exploring other forms of pleasure, such as kissing, caresses, massages and the use of erotic accessories, can make intimacy more pleasurable and satisfying. - Self-knowledge : Rediscovering your body is essential. Masturbation and self-care practices help you better understand new sensations and desires. - Communication: dialogue about desires, insecurities and needs strengthens the couple's emotional and sexual connection, allowing for adjustments and new experiences. - Taking care of your physical and mental health: physical activities, a balanced diet and relaxation techniques, such as yoga and meditation, contribute to general well-being, with a positive impact on sexuality. - Psychological support: psychotherapy can be an ally in facing this phase, dealing with physical and psychological changes and intervening in depressive and anxiety symptoms, which are also common at this stage. Pleasure has no age Menopause can be a time of transformation, but it can also be a time of opportunities to redefine sexuality. With information, self-knowledge and dialogue, it is possible to maintain an active, healthy and pleasurable sex life, regardless of age. Seeking help can be essential to experiencing this stage with ease, respect for your own body and, above all, pleasure!